Assim como outros pratos da tradição culinária das regiões da Itália, a receita do capeleti é feita à base de massa recheada e veio na bagagem de famílias imigrantes italianas que trouxeram, além da esperança de uma vida melhor, seu modo de comer e preparar alimentos. Daí a diferença de nomenclatura, embora se trate do mesmo prato. Alguns conhecem e o chamam de agnolini, outros de capeleti ou também de tortelini.
Seus ingredientes, além da farinha e ovos para a preparação da massa, incluem carne de frango e gado, temperos como salsa, cebolinha e manjerona, alho, cebola, queijo ralado, noz moscada, sal, canela, que refogados e moídos, compõem o recheio único que caracteriza o prato. Porém, a sua identidade e diferencial, está no formato semelhante a um chapeuzinho.
Ao pesquisarmos a literatura culinária italiana antiga, inúmeras referências e receitas são encontradas. Pellegrino Artusi, estudioso italiano, foi o primeiro autor a recolher receitas da tradição regional italiana, explicando-as e ensinando como prepará-las.
Embora as diferenças sutis entre as receitas, a carne ou a mistura de carnes com temperos, especiarias e queijo ralado são a base da composição dos capeletis, agnolinis e tortelinis que vêm cozidos tradicionalmente no nosso famoso brodo.
Um prato de sopa de capeleti era comida de dias festivos nas famílias, e hoje é encontrado em restaurantes, geralmente abrindo uma sequencia de pratos como massas e carnes.
Os imigrantes italianos foram quem popularizaram esta iguaria, tornando-a um símbolo, um bem cultural, um ritual repetido há pelo menos 140 anos, a sopa de capeleti é prato de festa, de ocasião especial, de reunião de família ou comida de domingo e é apreciada por todos.